A evolução tecnológica mostra que o modelo de vida digital veio para ficar. Seguindo essa tendência, e com o objetivo de oferecer um acesso mais amplo e moderno ao acervo histórico, o Centro Municipal de Memória (CEMM) vem realizando um importante processo de digitalização dos seus documentos.

Para a execução do trabalho, que teve início no segundo semestre do ano passado, a Prefeitura Municipal realizou um investimento de R$ 3.200,00, na compra de um escâner tipo planetário, formato A2. O equipamento permite a captura das imagens sem grandes danos ao papel, já que não possui tampa, como os escâneres de mesa comuns.

Segundo o documentalista do CEMM, Leandro Aprile, os registros e documentos que, em sua maioria, estão restritos à equipe técnica do Centro de Memória, por estarem fragilizados pelo tempo, passarão a ser disponibilizados para os cidadãos em geral. “Vários documentos do acervo já passaram pelo processo de digitalização. Agora, nosso foco está nos exemplares do Jornal Oficial das décadas de 1980, 1990 e 2.000, por se tratarem de exemplares únicos, já um tanto fragilizados, e bastante requisitados por servidores, para efeitos probatórios em casos de remoção e transferências de local de trabalho, checagem de tempo de serviço e outros assuntos relacionados à vida funcional, por exemplo”, explica.

Ainda de acordo com o documentalista, em breve, será divulgada para a população a plataforma eletrônica, onde serão disponibilizadas as mais antigas coleções do acervo em formato digital. “É um grande passo na democratização do acesso aos nossos acervos. Estamos nos dedicando a este trabalho, para que possamos concluí-lo o mais rápido possível, e disponibilizar os arquivos digitais para os cidadãos interessados em conhecer um pouco mais da história e curiosidades sobre a cidade. Além disso, precisamos destacar que, a digitalização do nosso acervo traz mais segurança à guarda dos arquivos históricos, por meio de backups eletrônicos, dificultando eventuais perdas. Um exemplo que mostra a importância da digitalização de documentos foi o incêndio que ocorreu, recentemente, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em que o acervo só não foi totalmente perdido, por causa das cópias digitais”, finaliza Leandro.

O Centro de Memória já finalizou a digitalização de algumas coleções de jornais impressos locais, entre elas: “O Monitor” (1937 a 1984); “A Gazeta” (1903 a 1906); “O Bandeirantes" (1924 a 1928); “O Sertanezino" (1930 a 1932), “A Notícia" (1959 e 1960) e “O Beijo, O Olho e A Mascote” (1927 e 1928).

Fonte: http://opingafogo.com.br/conteudo/centro-municipal-de-memoria-promove-amplo-trabalho-de-digitalizacao-de-documentos-historicos-de-sertaozinho.html