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Sertãozinho é uma cidade do interior do Estado de São Paulo, distante 325 km da capital, com população estimada em aproximadamente 120 mil habitantes, segundo censo do IBGE. Historicamente relacionada ao desenvolvimento da agricultura canavieira e sua agroindústria, Sertãozinho é conhecida como a capital do etanol, contendo grande extensão de área cultivada, sete usinas de açúcar e álcool e parque industrial do setor instalado.

Geograficamente, a cidade localiza-se no delta entre as regiões dos rios Pardo e Mogi-Guaçu, espaço ocupado, inicialmente, por tribos de origem caiapó.  Acima estavam o planalto goiano e a zona aurífera, e com o colapso da exploração do ouro, as gentes desbravadoras interessaram-se por essa região, como foi o caso de João Manoel de Pontes, que aqui se estabeleceu na primeira metade do século XIX, fundando a Fazenda do Sertãozinho do Mato Dentro. Na segunda metade do século XIX, como propriedade de Antonio Maciel de Pontes, a Fazenda teve terras fracionadas entre condôminos e a doação de 12,5 alqueires de terra para a construção de uma capela consagrada a Nossa Senhora Aparecida. Este seria o local da Igreja Matriz e marco de desenvolvimento do que seria o Município de Sertãozinho.

A onda do café alcançou a região no final do século, tempo da oficialização do distrito, em 1885. Transformado em município em 05 de dezembro de 1896, Sertãozinho agregou outros distritos, como Santa Cruz das Posses, Barrinha, Pradópolis e Pontal. Ao longo da primeira metade do século XX os distritos foram-se desmembrando do município, tendo permanecido até hoje o distrito de Cruz das Posses ligado a Sertãozinho.

O café impulsionou o desenvolvimento da economia local com a chegada das ferrovias: a Cia Mogiana, vinda de Ribeirão Preto, e a Cia Paulista chegando a Barrinha. A história da exploração do café deixou marcas na arquitetura local, como a Estação Ferroviária, a lógica da ocupação do solo em razão da estrada de ferro, a presença dos casarões e sedes de fazenda erguidas no auge da economia cafeeira. Contudo, Sertãozinho iniciou a diversificação da matriz agrícola para a cana-de-açúcar antes de muitos municípios.

De fato, engenhos de cana-de-açúcar são uma realidade em Sertãozinho desde o final do século 19, havendo, em 1905, ao menos 33 engenhos na cidade. As fazendas mostram como ocorria a concorrência entre o café, a criação de gado, as plantações de arroz e a cana-de-açúcar: mesmo com a quantidade de engenhos, apenas 15 fazendas plantavam cana de modo predominante, ao passo que outras 73 declaravam ter o café como plantio principal, naquele ano. A existência de Engenhos e de plantações de cana, aliados à queda no preço da aguardente, fez com que Aprígio de Araújo, então intendente do município, baixasse um decreto isentando de impostos por 20 anos o primeiro engenho central que produzisse em escala o açúcar ao invés da aguardente. Foi nesse contexto que surgiu o Engenho Central da Fazenda do Vassoural, hoje em Pontal, mas então parte do município de Sertãozinho.

As plantações de cana-de-açúcar cresceram ao longo da primeira metade do século XX e nossa paisagem cultural é fortemente marcada pela presença dessas plantações ainda hoje. As imigrações europeias, sobretudo italianas, tão fortes em nosso Estado, também contribuíram para uma outra alteração na paisagem de Sertãozinho: a chegada de trabalhadores urbanos que na cidade começaram a desenvolver o comércio, como fábricas de massa, de refino de açúcar, torrefação e beneficiamento de café, olarias, alfaiatarias, bares e restaurante e casas de comércio em geral, mas especialmente oficinas de manutenção e produção de peças para a cultura da cana-de-açúcar, selarias,  serralherias, carpintarias, funilarias, depósitos de madeira, oficinas para rodas de carroças, fábrica de charretes e oficinas mecânicas.

Atualmente o parque industrial de Sertãozinho e as feiras internacionais de negócio na área da agroindústria são a expressão dessa vocação da cidade e posicionam Sertãozinho como a capital brasileira do etanol, não apenas plantando e beneficiando a cana-de-açúcar, mas também produzindo equipamentos e fazendo a manutenção de usinas no Brasil e no mundo.      

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